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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

POLÍCIA PARA QUEM PRECISA!

O dia sete de dezembro de 2008 foi uma data diferente. Neste dia o estádio do Bezerrão - Gama/DF, completamente reformado com o dinheiro público, recebeu o decisivo jogo que consagrou o São Paulo como campeão da temporada. Eu desconfiei que se ficasse do lado de fora, além de economizar o dinheiro do caro ingresso, já que eu não tinha uma credencial, teria lances nervosos pra eu fotografar. De fato.
Assim que eu cheguei ao estádio, mal tive tempo para preparar o equipamento fotográfico. Encostou um ônibus com a torcida do Goiás e, literalmente, o pau quebrou. Vários torcedores nervosos desafiaram os policiais da PM, com paus e pedras na mão. A reação da PM foi vigorosa e a turba foi controlada rapidamente. Até ai tudo bem, não fosse a primeira surpresa desagradável que eu tive. Estava fotografando o desenrolar dos fatos, quando senti uma mão pesada baixar a minha máquina. Ato contínuo, o policial deu a ordem:
- Não fotografe nada!
- Senhor policial, eu estou trabalhando!
- Não interessa. Eu não quero vc aqui!
Como a ação já tinha acabado e eu tinha conseguido as minhas fotos, eu acatei a ordem arbritrária do PM e me retirei do local.
A tarde prometia mais. Alguns minutos depois aconteceu o fatídico incidente, envolvendo o sargento da PM e o torcedor do São Paulo, conforme foi noticiado nos meios de comunicação. Nesse momento eu estava retido em outra confusão e só cheguei a tempo de registrar a comoção e a revolta dos que presenciaram o fato, além de fotografar também o projétil da arma do militar que vitimou o rapaz.
Uns 20 minutos depois dessa fatalidade, eu fui alvo mais uma vez da truculência isolada de outro PM. Uns rapazes da torcida do Goiás estavam atacando um torcedor do time adversário. Eu, prontamente me coloquei a cumprir com o meu dever: comecei a fotografar. O rapaz conseguiu fugir de seus agressores e correu em direção a uns PMs que -diga-se de passagem - cumpriram com o dever deles, protegendo o agredido e prendendo um dos responsáveis. E eu lá, fotografando. Nisso, um dos policiais se aproximou de mim, pisou no meu pé e disse:
- Se você tiram mais uma foto, eu quebro a sua máquina!! Eu pensei comigo: o que há com esses caras, que não me deixam trabalhar!
- Policial, o senhor não pode me impedir de fotografar, estou protegido pela Liberdade de Imprensa e pela Constituição, que garante a minha liberdade individual!
-Dane-se !
- Senhor, então eu serei obrigado a denunciá-lo à Corregedoria - eu disse de cabeça baixa e humilhado.
- Dane-se! Ele disse de novo. Só depois que eu disse que não mais iria fotografar, ele tirou o seu coturno pesado de cima do meu pé.
Nesses episódios, podemos extrair algumas conclusões e uma reflexão:
A primeira: aqui em Brasília não é seguro para um jornalista trabalhar - pelo menos não perto da PM.
A segunda: ficou evidente o despreparo de alguns membros da Corporação, para lidar com distúrbios que frequentemente ocorrem em jogos importantes. Os acontecimentos do último domingo não apresentaram nada que já não ocorram rotineiramente entre as torcidas. Por duas vezes eu vi alguns PMs sacarem as suas pistolas para enfrentar brigas entre torcedores.
- A terceira: se esses poucos policiais -estou sendo justo, a maioria trabalhou de maneira exemplar - seguissem os ensinamentos que, por certo, eles receberam na academia, eles jamais usariam armas com poder letal nas situações que se apresentaram a eles. Existem outros recursos para isso: Cacetetes, gás lacrimogêneo, balas de borracha e afins. Armas com munição letal, só em casos extremos, quando a vida de terceiros ou a do próprio policial corre risco iminente. Essa situação não ocorreu em absoluto.
- A quarta: o jornalista - ao contrário do que eu ouvi de alguns PMs, para tentar justificar a truculência de alguns de seus pares, não está ali para vigiar e "ferrar" com o trabalho da Força Policial. O jornalista está ali para cobrir os acontecimentos e divulgá-los de maneira isenta. Sem nenhuma intenção dolosa. Com isso a sociedade, a qual os policiais fazem parte, sai ganhando.
Eu cumpri com a minha palavra e denunciei o mau policial, junto à Corregedoria.
Por Hudson Rodrigues dos Santos.

8 comentários:

Anônimo disse...

Beleza, Hudson?
aqui no Gama todos têm medo da PM, inclusive eu, que não tenho antecedentes criminais. O fato mostrou mais uma vez o despreparo dessa PM infame. Também, como confiar em uma força criada para capturar escravos fujões?

Abraços

Nayane Fiquer disse...

Fiquei impressionada com seu relato. Embora eu não seja repórter fotográfica e nem cubro cidades, sei que não estou livre de passar por essas situações humilhantes, como você mesmo disse. Você fez muito bem em denunciá-lo. Se todas as vezes que nos sentimos assim a gente correr em busca de nossos direitos, tenho certeza de que o país vai avanaçar consideravelmente. Não adianta só esperar por lei, pelos políticos.. É preciso cobrar nossos direitos, denunciar e não aceitar nenhuma imposição de forma passiva. Você agiu muito bem e foi corajoso também. Parabéns Hudson!!!

Beijos. Nayane Fiquer

Anônimo disse...

A ação da nossa PM não pode ser tornada pública, isso seria o mesmo que assinar confissão de culpa. É vergonhoso reconhecer que eles mais erram que protegem, muitas vezes trata-se mais de "meter os pés pela mãos", mas estamos falando de vidas e sendo assim não há espaço para erros.

Vinicius Dantas disse...

É por essas e outras que decidi, com veemência, trancar minha matrícula da faculdade.

O curso de Jornalismo, além de não ter o merecido suporte do MEC, vem se tornando, ao longo dos anos, um cemitério daqueles que não aceitam a opressão e dá a paus-mandados os
louros da vitória na profissão.

Entendo que um jornalismo independente e voltado às minorias não tem interesse público, enquanto enlatados como BBB e outras baboseiras da mídia têm tido papel de destaque.

A alienação e a distração são os itens mais vendidos no mercado da cultura de massa, dando ao público a triste opção de esquecer-se de si mesmo.

Thaiza Murray disse...

Olá Hudson! Como vai? Aqui é a Thaiza Murray, lá da Facitec, blz?!

Gostei muito do seu site, bem criativo! Faça uma visita no meu:
www.jornalismo-novoolhar.blogspot.com

Sucesso sempre!!!

Unknown disse...

iae Hudson
aki é o André Luiz

acho legal ver notícias da minha cidade, dos locais que frequento, ...
pena que dessa vez foi pelos destaques ruins

mas de qualquer jeito foi interessante seu diálogo com os policiais ;P não mais que a história do seu pai

mto bom o blog, vo esperar as atualizações

t+
abraço!

Unknown disse...

iae Hudson
aki é o André Luiz

acho legal ver notícias da minha cidade, dos locais que frequento, ...
pena que dessa vez foi pelos destaques ruins

mas de qualquer jeito foi interessante seu diálogo com os policiais ;P não mais que a história do seu pai

mto bom o blog, vo esperar as atualizações

t+
abraço!

Anônimo disse...

iae Hudson
aki é o André Luiz

acho legal ver notícias da minha cidade, dos locais que frequento, ...
pena que dessa vez foi pelos destaques ruins

mas de qualquer jeito foi interessante seu diálogo com os policiais ;P não mais que a história do seu pai

mto bom o blog, vo esperar as atualizações

t+
abraço!