A necessidade é a mãe das invenções, reza um adágio popular. Podemos aplicar essa máxima no caso do desenvolvimento da Leica. O engenheiro alemão Oskar Barnack trabalhava com instrumentos óticos de precisão. Em suas horas de folga se dedicava a sua paixão - a fotografia. Ocorre que as dimensões do equipamento por ele usado, mais o indefectível tripé, eram alvos de constantes reclamações por parte de Barnack. Diante desses incômodos, o engenheiro decidiu desenvolver uma máquina fotográfica que usasse um filme de tamanho menor - condição básica para uma máquina de pequenas proporções. A escolha recaiu sobre a película de cinema, em 35 mm. O protótipo ficou pronto em 1912 - a Ur-Leica. Era uma engenhoca dotada de um obturador com velocidade fixa de 1/40 segundos e usava uma lente de telescópio adaptada.
O protótipo da revolucionária Leica - a Ur-Leica.
Nessa ocasião, Oskar Barnack era empregado da conceituada empresa Leitz, fabricante de instrumentos óticos, a qual foi apresentado o protótipo. Nascia assim, da união do nome Leitz com o nome câmera, a certidão de nascimento da lenda: Leica. Nunca mais a forma de fotografar seria a mesma. Quase todas as gerações de máquinas fotográficas surgidas após a Leica, têm conceitos desta máquina.
Por Hudson Rodrigues dos Santos